Depoimento de um proprietário – PARTE VII

Novo depoimento no ar, mais um do nosso colega Ogg Ibrahim:
“Estava com o carro há um mês mas não o tinha colocado ainda na estrada para uma viagem mais longa. No último fim de semana fui a Ribeirão Preto e vai aí minha avaliação.

Um detalhe que notei logo de cara: como não gosto de encher o tanque até a boca (por recomendações de especialistas que dizem que isso pode prejudicar o sensor do respiro que fica próximo ao bocal), sempre peço para o frentista parar no primeiro clique da bomba. Na estrada percebi que o ponteiro de combustível começou a “cair” rápido. Aos 40 km rodados já tinha descido pra pouco mais de tres quartos. Na volta pedi pra encher até a boca e percebi que a diferença com a primeira abastecida foi de uns 5 litros e demorou um pouco mais pra começar a baixar. Me lembro que no meu antigo Megane, o ponteiro só começava a se mecher depois dos 130 km rodados.

Outra coisa que achei estranho é o fato do computador de bordo exibir uma autonomia muito pequena com o tanque cheio, mesmo que o consumo médio estivesse em 12 km/l. Nessas condições, com 52 litros no tanque, a autonomia deveria ser de, mais ou menos, 630 km. Mas o marcador “distance to empty” insistia em não passar de 420 km. Passei a duvidar da precisão do CB.

Sobre o consumo, não consegui a marca que muitos dizem ter atingido (14 km/l). Andando com apenas duas pessoas, ar ligado e pé em torno dos 120/160 km/h, não passou de 10,5 a 12 km/l. Talvez seja pelo fato do motor ainda estar meio “amarrado” (tem apenas 1.500 km rodados). Vamos ver se mais adiante ele fica mais econômico.

Rodar com o Cerato por pistas boas é um dos maiores prazeres. O carro é macio e silencioso, mesmo com o giro do motor alto. A 160 km/h, por exemplo, em asfalto sem defeitos, pode ouvir música baixinho sem ser incomodado pelo “urro” do motor. Direção precisa, carro firme nas curvas e suspensão na medida certa completam o conforto e a sensação de segurança.

A posição de dirigir, para um cara como eu de 1,90, é excelente. O ajuste do banco mais baixo é essencial para esse conforto. Associado ao encosto de cabeça um pouco mais pronunciado à frente que em outros carros e o banco na reclinação adequada, dá pra se sentir “abraçado” pelo banco. O apoio de braço aumenta ainda mais o conforto.

Peguei um pouco de chuva fraca e pude ver que os limpadores funcionam perfeitamente, “lambendo” com eficiência o parabrisas. Só sinto falta de um sensor de chuva (que o vendedor tinha me dito que o modelo tinha mas não tem).

Agora, falando do motor, vem a melhor parte: os 126 cavalos desse 1.6 16v são mais que suficientes pra tocar bem o carro. Dá pra perceber que, mesmo a 160 por hora, há espaço pra pisar ainda mais fundo sem reclamações. Em alguns momentos a subida para 180 km/h se dá de maneira tranquila e quase “imperceptivelmente”. Só achei o câmbio automático um pouco lento nas retomadas, exigindo uma pisada mais forte no acelerador. Mas não chega a ser um incômodo quando você usa a troca sequencial.
Enfim, som original puro e potente, bela empunhadura do volante, materiais agradáveis ao toque e um revestimento que não esquenta nem esfria demais (de tecido especial na cor preta com costuras vermelhas, original do E-263) complementam a boa vida à bordo. Sem dúvida nenhuma uma carro muitíssimo superior em vários aspectos ao meu antigo Megane e que chamou atenção, durante as paradas, até de proprietários de Civic e Corolla que não conseguiam esconder a curiosidade através de olhadas demoradas para o carrão.
De zero a dez? Posso dar 15 pro Cerato?”

E VOCÊ, COLEGA PROPRIETÁRIO,  GOSTARIA DE DAR UM DEPOIMENTO SOBRE A CONVIVÊNCIA COM O SEU CERATO, RESSALTANDO PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO CARRO? ENVIE PARA thiagoparisio@gmail.com QUE PUBLICAREI COM SATISFAÇÃO.