Na última quinta-feira (15/09) fomos surpreendidos – por que ainda somos surpreendidos no Brasil? – por uma medida do governo federal que, a pretexto de defender a indústria automobilística nacional, aumentou em 30 pontos percentuais o IPI para carros importados. O detalhe é que a decisão não é válida para modelos fabricados na Argentina e no México – curiosamente, de onde vem a grande maioria dos modelos importados pelas “grandes” montadoras nacionais.
A medida já está sendo amplamente rejeitada pela maioria dos consumidores mais esclarecidos e a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) já declarou que vai questionar na justiça a legalidade desta decisão.
Abaixo há uma matéria escrita por mim e publicada no CARPLACE:
Pois bem, vamos aos fatos concretos: se o imposto for integralmente assumido pelas importadoras o valor final dos modelos se tornará proibitivo para a maioria dos consumidores. O Cerato de entrada, hoje vendido por R$ 53.400, poderá ultrapassar os R$ 65 mil! Isto mesmo, R$ 65 mil! O que dizer de um Picanto manual, hoje competitivamente vendido por R$ 34,9 mil e que poderá ultrapassar a barreira dos R$ 40 mil?
Pois é, o cartel do G4 – Fiat, VW, Chevrolet e Ford – funcionou como nunca. Resta-nos torcer para que a Organização Mundial do Comércio (OMC) possa questionar o Brasil sobre esta medida protecionista já que, mais uma vez, o consumidor – sim, o consumidor – foi esquecido de qualquer discussão. Sendo radical, voltemos à era “pré-Collor”, em que andávamos em caros Chevette, Brasília ou Del Rey e acreditávamos que eles fossem o “supra-sumo” da tecnologia automotiva.
Brasil, Brasil…
Se a Kia tem alguma gordura no lucro vai ter que malhar muito para acompanhar o mercado, caso contrário vai ter muita gente fechando concessionárias. Uma coisa é certa, o G4 das montadoras deve ser o grande doador da campanha política do ano que vem, não é a toa que a medida abusiva só vai até depois das eleições. E depois o PT vem com esse papo de “Brasil um País de todos”.
Nobre Pedro, o slogan certo é: ” Brail um país de TOLOS “
Olha, no Cerato acho que a gordura é mínima, levando em conta o preço nos EUA.
No Picanto acho que pode ter alguma coisa a mais de margem.
Já no Sportage e Cadenza a Kia tem muita margem. Ela conseguirá manter os preços tranquilamente até o fim do ano, se quiser é claro.
Assim como a Hyundai com o Sonata, Ix35.
Acho que prejudicados serão os modelos da Volvo e Land Rover, que custumam ter uma margem agressiva no Brasil, então suponho que tenham os maiores aumentos.
Audi por outro lado se quiser não aumenta nada.
Estava pensando em comprar o meu ainda este mês, agora fiquei com medo. Sei que se eu correr, ainda posso comprar no valor antigo, mas meu medo é depois. Como ficará o mercado? A manutenção e o valor das peças? O veículo desvalorizará por causa disso? O jeito é aguardar mesmo. Mas uma coisa é certa, das 4 grandes não compro.
Que felicidade, PT nos colocando de volta na era Pré-Collor!
Uma coisa é certa tb: ou vc compra dos G4 do automobilismo ou paga uma fortuna por um importado. Consumidor n tem vez nessa escolha. To partindo pro Sentra, me disseram q vinha do Mexico e pelo visto nao vai ter aumento nenhum, promocao 49.900 com airbag, abs e rodas 16 😀
Nem tinha pensado nessa opção, mas vou avaliar o custo-benefício com calma. Pelo menos é uma boa opção.
O medo do Sentra é a revenda, dizem que é fraca, e pelo visto desvaloriza mto, dizem que o ideal é ficar 4 a 5 anos com o carro, é o tempo q pretendo ficar mesmo (ja que o carro é zero). Consumo dizem que é economico, deve chegar perto do Cerato, mas vou atras para saber e seguro tb n sei, tem q ver…
Só pra constar, o Cerato 283, vendido por R$ 64900,00 (preço sugerido pelo site) já foi reajustado e está custando módicos R$ 86900,00. Se a Kia não “queimar” um pouco da gordura no preço dos seus carros, dificilmente vai conseguir vender de forma satisfatória…
No site ta o preco antigo, mas creio q deva mudar em breve…
Temos algum advogado no grupo? Caso estas medidas não sejam revogadas e venham a nos causar prejuizo, como fechamento de concessionárias, falta de peças, etc., temos como ajuizar o governo de alguma forma?
Levando em conta que os asiáticos que levaram bucha nessa brincadeira representam 2% do mercado total nacional, quem se ferra é o cidadão mesmo, pois agora a indústria nacional não precisa se esforçar pra concorrer com esta minoria. Logo logo os nacionais mais baratos vão estar mais caros também, não por causa de impostos, mas porque a diferença entre nacionais e importados vai ficar maior e então as fábricas nacionais terão uma margenzinha pra arroxar preços. Não acham? Já tô vendo… É questão de tempo. Isto sem contar na qualidade….. cada vez mais plásticos grosseiros e peças frágeis…… Afinal, pra que se esforçar se os concorrentes estão muito mais caros????
Brasil, um país de TOLOS.
Bom dia pessoal.
Respondendo a pergunta sobre se há advogados no grupo. Pronuncio-me.
Não atuo diretamente no ramo do Direito do Consumidor, mas acredito que isso representa sim um prejuízo ao consumidor na área automotiva.
É claro, que tudo tem seu tempo.
É claro também que todas as organizações de defesas dos direitos do consumidor, estão de olho nas medidas adotadas pelo Governo, e farão de tudo um pouco para derrubar essa “barricada” à importação. Sem falar nas próprias montadoras/importadoras, que brigarão por espaço competitivo no mercado.
A inflação, de modo geral, não está contida e necessita de reajustes periódicos nos preços de bens e produtos oferecidos aos brasileiros. Entretanto, com a competitividade dos importados, quem reajusta preço está fora da competição.
Na minha opinião, a presente medida Governamental veio como forma de balizar um possível reajuste na área automobilística, assim, estando mais caros os modelos importados, o mercado nacional poderá reajustar preços sem perder a competitividade.
De qualquer forma, não se sabe (eu não sei na verdade), o efeito que isso causará no mercado de seminovos. Ora, a boa regra diz que quando aumento o preço do produto novo, o usado também cresce, é um reflexo natural do mercado. Entretanto, estando mais caro às peças de reposição (manutenção dos veículos), a procura diminui. E infelizmente, quando a procura diminui o preço também cai.
É uma incógnita, mas precisamos esperar as primeiras medidas para avaliar a possibilidade de brigar pelos direitos.
Vale lembrar, que o prazo para reaver indenizações por perdas e danos, é de 03 (três) anos. Até lá, rezemos.
Abraços.
ps.: espero ter contribuído
Concordo com todos aqui .. essa ação do Governo beneficia o G4 e o consumidor só se “lasca”.
Vo o Mantega na TV falando que isso forçaria as montadoras em abrir suas fábricas no Brasil. Num país com ações malucas e sem base sólida, quem vai querer abrir algo por aqui? Pior ainda se pensarmos que este aumento é até o final de 2012. Pra que abrir uma fábrica se não sabemos o que acontecerá em 2013???
Acho que essas fábricas vão acabar sendo construídas no Mexico e Argentina, cuja mão de obra é mais barata que no Brasil … e, se DEUS quiser, os carros voltem a ter preços competitivos.
Mas o medo maior é estas marcas decidirem sair do país … só falta isso mesmo para o Governos no ferrar de vez..
Alguem sabe informar se havera alteracoes nos valores do seguro? Fiz o meu c 107% da FIPE. Sera q sofrera reajuste?
Abcos
Viva o PT! Viva a Dilminha sem nocao!
Vamos fazer as contas: nos EUA o cerato “2.0” está 18000U$.
Vamos colocar 80% de impostos e 50% margem de lucro:
18000 * 1.8 * 1.5 = 48600 reais
Acho que a Kia tem uma gordura enorme para queimar.
Bom, faltou a conversão do dolar..
vamos mudar a conta então:
18000*1.8*1.7*1.3=71600
30% de margem, não sei se é suficiente.
Mas o carro deles tem motor 2.0, teto solar, couro, piloto automatico, cambio automatico, etc..
Já começou a retaliação, por hora são os chineses. Leiam o link abaixo:
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/977777-ipi-maior-para-carro-importado-pode-frear-investimento-chines.shtml
Continuo batendo na mesma tecla, se o povo se unir e fizer um belo boicote, quero ver como o G4 ficaria. Mas a parte dificil e todos se unirem e por realmente em pratica o boicote…
Att
Mário
O problema do boicote são os frotistas (locadoras, por exemplo) que compram muito, mais pensando na renovação da frota do que em concorrencia de mercado.
Recebi uma proposta de um amigo para vender o meu Cerato E.252. Diferente do Thiago, pensei em pegar outro Cerato 0km. Depois de muito pesquisar, o melhor preço encontrado foi de R$ 64.900,00 no E.273 (similar ao meu em que paguei R$ 58.000,00 em Out/2010), além de só ter as cores branca, prata e vinho (queria o cinza). Em outra ccs chegaram a pedir R$ 69.600,00!!! Infelizmente com a medida do nosso governo mataram o Cerato! Vou ter que pensar em outra opção no futuro…
Depois de passada a pancada inicial, comecei a pensar. Porque haveria de mudar a compra? O Cerato é um modelo médio não é??? Hoje ele, juntamente com o Sentra, é vendido na mesma faixa dos compactos como o new Fiesta, correto? Se o governo obrigou a KIA a cobrar pelo Cerato o preço de qualquer outro médio no mercado quando ela mesma não tinha interesse nisso, porque o Cerato deixaria de ser opção então? Se o indivíduo esta interessado em comprar um médio barato, as opções são o Sentra e o Fluence. O Sentra de entrada, mesmo mais barato e mais completo que o Cerato, jamais vendeu estas coisas todas? Aí, surge a questão de porque alguém compraria o Cerato pelado ao invés do Sentra mais barato e mais completo até? O Fluence de 60 mil é completasso e seria a opção mais lógica, com ou sem aumento de IPI. Se for pra partir pra outros médios como Civic, Corolla ou o Cruze, o Cerato continua no paréo.
Como não sei se meu amigo Thiago irá postar aqui…
http://carplace.virgula.uol.com.br/kia-divulga-novos-precos-apos-aumento-do-ipi/
Abs